Publicado em 18 de novembro de 2018 às 10:59.

Secretaria de Inclusão e Movimento Negro rendem homenagens ao Dia da Consciência Negra


Através da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial (Coppir), a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) participa, neste domingo, 20 – Dia da Consciência Negra -, do Sergipe Negro, evento realizado em parceria com o Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana e outras diversas entidades do Movimento Negro. A data é marca o dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores símbolos de resistência e luta contra a escravidão no Brasil.

A partir das 15h, sob a ponte Aracaju-Barra, no Bairro Industrial, o evento promoverá uma série de debates, acerca da Implantação da Lei 10.639/03 [que dispõe sobre a obrigatoriedade da inclusão, no currículo oficial da Rede de Ensino, da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”]; da intolerância religiosa; do genocídio da juventude negra; da violência contra a mulher negra e da valorização da cultura negra. Em seguida, uma grande festa será realizada, com shows de artistas sergipanos ligados ao movimento. Passarão pelo palco as bandas Quilombo, Reação, Lu Lion Reggae, Afoxelada e Nação Hip Hop.

No próximo dia 25, a programação tem continuidade, com a entrega do Prêmio Manadeuí, que homenageará personalidades sergipanas que contribuíram com a luta do Movimento Negro. Na ocasião, também haverá o lançamento oficial da ‘II Caminhada para Oxalá’, que tem por objetivo combater a intolerância religiosa, assim como toda e qualquer forma de preconceito ou discriminação, e fomentar a construção de políticas públicas para as comunidades tradicionais.

De acordo com o coordenador da Coppir/Seidh, Eude Ferreira, todas essas iniciativas têm a importância de despertar a atenção e levantar discussões sobre políticas afirmativas. “Precisamos colocar em evidência a questão das etnias, questões raciais, de discriminação, preconceito e toda essa luta em defesa dos excluídos, em defesa da mulher negra, das pessoas LGBTs, etc. O Governo de Sergipe apoia esse evento e, portanto, busca promover a inclusão dessa população historicamente discriminada”, pontua.

Ainda segundo Eude, os recursos para realização do evento foi viabilizado pela Coppir junto à Fundação Cultural Palmares, instituição do Governo Federal voltada à promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira. “Essa articulação foi muito importante para que esse evento  cultural acontecesse. Graças a ele, poderemos promover o apoio do artista da terra e enriquecer não só a nossa cultura, como também o cabedal de conhecimento daqueles que fazem parte desse contexto. Àqueles que ainda não fazem, mas irão participar, o Sergipe Negro mostrará que existe uma grande luta em busca de uma sociedade mais justa e igualitária”, explica o coordenador.