Feira da Agricultura Familiar Itinerante amplia espaço para diferentes formas de produção popular

Além de alimentos e artesanato, Fafi também acolhe outras formas de produção e abre espaço para a diversidade de vozes

Fotos: Ana Carolina

Mais do que alimentos frescos e produtos artesanais, a Feira da Agricultura Familiar Itinerante (Fafi) tem se mostrado um espaço de valorização da diversidade produtiva e das múltiplas formas de expressão popular. A edição realizada nesta quarta-feira, 31, na sede da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), foi exemplo disso.

A Feira da Agricultura Familiar Itinerante é uma realização da Seasic. Realizada em formato itinerante, a iniciativa percorre órgãos públicos estaduais promovendo o consumo consciente, o desenvolvimento local e a valorização de diferentes formas de produção.

Ao lado de barracas com hortaliças, doces caseiros, artesanato e produtos da economia solidária, havia também uma mesa com livros. Quem passava por ali era convidado a conhecer a história de Patrícia Souza, escritora sergipana com deficiência intelectual, que encontrou na literatura um caminho de superação por meio do seu livro, que se chama ‘É possível sonhar – trajetórias de milagres’. 

“Estou aqui graças à oportunidade que a secretária Érica Mitidieri me deu de apresentar meu livro e contar a minha história para ajudar famílias, amigos e a sociedade a enxergar as pessoas com deficiência de forma diferente. É muito importante estar aqui, porque passei por muitos obstáculos para chegar até esse momento”, afirmou Patrícia.

A participação da autora reforça o caráter inclusivo da Fafi, que a cada edição reafirma seu papel não só como espaço de comercialização direta entre produtores e consumidores, mas também como uma vitrine para diferentes talentos e trajetórias.

A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Érica Mitidieri, destacou a importância de ampliar o escopo da feira sem perder suas raízes. “A Fafi nasceu com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e a economia solidária, mas o que temos visto é que ela também se transforma num espaço de visibilidade para diferentes formas de produção. Quando acolhemos uma autora como Patrícia estamos dizendo que todas as histórias importam, que todo trabalho tem valor”, afirmou.

Frequentadora da feira, a servidora Miriam Fátima Silva Rocha comemorou mais uma edição no local. “Esta é a terceira vez que a feira vem para cá e é sempre uma alegria. A gente sai ganhando dos dois lados: quem vende tem oportunidade e quem compra leva pra casa qualidade e afeto”, disse.

Última atualização: 31 de julho de 2025 16:30.

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