Exposição no Arraiá do Povo gera renda para artesãos de municípios sergipanos

Artesãos dos municípios de Japaratuba, Divina Pastora, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Ilha das Flores e Santana do São Francisco encontraram, no Encontro Nordestino de Cultura uma grande oportunidade para geração de renda a partir da comercialização de peças em bordado, renda irlandesa, crochê, cerâmica, fuxico, bonecas de pano e pintura em tecido. Até o dia 30 de junho, o stand montado pela secretaria de Estado da Inclusão, da Assistência Social e do Trabalho (Seit) na festa reúne 22 artesãos e funciona das 17h às 00h, no Arraiá do Povo, realizado desde o último dia 20, na Orla de Atalaia.
São artesãos atendidos e acompanhados pelo Programa Artesanato de Sergipe, vinculado à diretoria do Trabalho e Renda da SEIT. Através dele, o Governo do Estado emite a Carteira Nacional do Artesão, que é registrada no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro – SICAB e viabiliza a sua participação em feiras e eventos locais e nacionais. Miralda Andrade, de Aracaju, é uma delas. Professora de pintura em tecido, ela aplica seus desenhos manuais e ‘patchwork’ em panos de prato. “Faço artesanato há aproximadamente 25 anos, esta é a segunda vez que participo e tem sido muito bom. Essa oportunidade é muito importante para os artesãos”, disse.
A coordenadora de Artesanato da Seit, Ana Rosa Tavares, informa que, do pavilhão montado pelo governo do Estado para a geração de emprego e renda, 15 metros são destinados ao Artesanato. Através da parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap/SE) um espaço foi destinado a esses profissionais. “A seleção dos artesãos foi feita levando em conta os quesitos de melhor qualidade, melhor acabamento, variedade de tipologia. Todos os nossos artesãos têm a carteira do SICAB e todas as peças expostas estão à venda”, detalha Ana Rosa.
Formada em Artes Visuais, a professora Poliana Almeida herdou da mãe o interesse pelo Artesanato. Seus trabalhos incluem pintura em cerâmica, pedras e cabaças. “O movimento está muito bom, principalmente no final de semana. O que me surpreendeu é que, apesar de preparar produtos pequenos voltados para o turista, também tenho vendido vasos grandes. Gostei bastante da estrutura e da organização. Acho muito importante, principalmente para quem vive disso. Nosso Estado é muito rico em cultura popular. Temos cidades e povoados diretamente voltados para a produção de artesanato. Então, é muito importante que o artesão tenha essas oportunidades”, concluiu.

|Fotos: Pritty Reis