Vigilância Sanitária inspeciona Restaurante Padre Pedro e constata adequação de medidas adotadas
Covisa Aracaju afirma que estratégias que estão sendo tomadas são as necessárias para esse momento

Em razão das medidas preventivas determinadas para a contenção da transmissão do coronavírus, o Restaurante Popular Padre Pedro mudou a forma de atender a população em situação de rua e vulnerabilidade social da capital. Para evitar aglomerações dentro do restaurante, o almoço e jantar, servidos tradicionalmente em buffet no local por apenas R$ 1,00, passaram a ser ofertados em quentinhas, com embalagens e talheres descartáveis. Toda a estrutura de trabalho para fazer esse alimento chegar até os usuários também precisou sofrer adaptações, demandando uma série de ações da Secretaria de Estado da Inclusão Social – SEIAS. A Vigilância Sanitária inspecionou o local, no final da última semana, e constatou que todas as medidas que poderiam ser adotadas pela gestão estadual já foram implantadas.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária de Aracaju, Denilda Caldas, as fiscais foram ao restaurante avaliar o fluxo e como estava sendo feito o atendimento, diante de informações recebidas sobre a existência de aglomeração na porta. “Ao chegar no local, verificamos que existia demarcação de espaço, que existia segurança na porta para garantir o afastamento das pessoas, só que os usuários do serviço não estão colaborando, mesmo com a presença da Polícia. Enquanto Vigilância Sanitária, a gente não tem muito o que fazer além disso, por que as medidas necessárias já estão sendo tomadas”, disse. De fato, a maior dificuldade tem sido a resistência da população em obedecer as orientações passadas pelas equipes, segundo informa a secretária de Estado da Inclusão Social, Lêda Lúcia Couto.

“Temos feito tudo o que está ao nosso alcance para organizar desde a espera até a retirada da quentinha, passando pelo fluxo de entrada e saída e pelo processo de higienização das mãos das pessoas que entram. Dentro do restaurante tudo tem corrido bem, mas com a fila externa tem sido mais difícil. Já demarcamos o chão com spray na distância correta, chamamos a Emsurb para higienizar o local, pedimos o apoio diário da Polícia Militar, colocamos dois novos postos de vigilância e pessoas da gestão para dialogar com os usuários sobre a importância da distância recomendada. Mas, se vemos resistência em aceitar as novas normas em tantas pessoas com uma condição de vida mais confortável, por que seria diferente com a população socialmente vulnerável? É um trabalho contínuo de conscientização, que seguimos fazendo incansavelmente”, afirma Lêda.

A secretária reafirma, ainda, a essencialidade do serviço, ao ofertar refeições nutricionalmente balanceadas por apenas R$ 1,00. “É importante que as pessoas entendam que esse alimento é indispensável para essa população, sendo determinante para o reforço da sua imunidade, sobretudo num momento de pandemia. Muitas vezes, é a única refeição a que eles têm acesso no dia. Na última semana, por exemplo, fornecemos 11.895 refeições, entre a entrega presencial no restaurante, a alimentação fornecida à Casa de Passagem, ao Centro Pop e aos abrigos provisórios abertos pela Prefeitura de Aracaju para a população em situação de rua. Por isso, estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para manter o serviço, e ficamos felizes que a Vigilância Sanitária tenha atestado isso, após a inspeção”, reafirmou Lêda Lúcia Couto.
No local, as fiscais da Vigilância Sanitária puderam constatar, ainda, que para a higienização das mãos, estão sendo disponibilizados todos os materiais necessários. “Tem tudo disponível: tanto água e sabão, quanto o álcool em gel, para que o os usuários possam fazer essa higienização. Então, a gente vê que é uma questão de conscientização, para que os usuários possam ajudar nessas medidas, mas a orientação e as estratégias que já estão sendo tomadas são as necessárias para esse momento”, avaliou a coordenadora da Vigilância Sanitária de Aracaju, Denilda Caldas. Ainda segundo ela, foram passadas orientações, à equipe do restaurante, em relação ao local de preparo e distribuição das quentinhas. “A gente orientou que os balcões de preparo fossem afastados do local onde os usuários passam para buscar, para reduzir as chances de contato”, concluiu.
|Fotos: Pritty Reis