SEIAS participa de seminário online de indicadores de insegurança alimentar
Secretaria apresentou relatório que está sendo construído sobre determinantes sociais da insegurança alimentar e nutricional de usuários do CadÚnico, em Sergipe

Com o objetivo de debater meios para identificar situações de insegurança alimentar, inclusive durante a pandemia de Covid-19, a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) participou do I Seminário Online da Rede PENSSAN (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), na sexta-feira, 29. Dividindo espaço com pesquisadores de instituições do Brasil e Canadá, a SEIAS apresentou o Relatório parcial de Determinantes Sociais da Segurança Alimentar e Nutricional, elaborado com base no Cadastro Único Para Programa Sociais – CadÚnico, em Sergipe.

O relatório parcial foi apresentado pela coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional (CSAN) da SEIAS, Tatiana Canuto. “O principal destaque para Sergipe foi a apresentação de uma proposta de monitoramento e avaliação a partir dos dados do CadÚnico, ferramenta que possui diversas variáveis que dialogam com a segurança alimentar e nutricional. Foi muito gratificante participar de um seminário tão enriquecedor, e ainda mais dividindo o painel com grandes nomes da Segurança Alimentar e Nutricional do país”, disse Tatiana.

Apresentando determinantes sociais que se relacionam com a segurança alimentar e nutricional – como situação dos domicílios, família, trabalho, educação, renda e despesas dos usuários – o relatório está em fase de elaboração através da CSAN/DADS/SEIAS, em parceria com a diretoria de Planejamento (DIPLAN/SEIAS), com apoio técnico da Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Sergipe (OSANES) e dos Departamentos de Nutrição (DNUT) e de Estatísticas e Ciências Atuárias (DECAT) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A moderadora do seminário foi a coordenadora do OSANES e professora da UFS, Silvia Voci, que destacou a importância de ter o Estado como parceiro nas pesquisas, em busca da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional e do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas. “A partir das discussões científicas e dos conhecimentos produzidos, os gestores públicos – com a participação da sociedade civil – podem tomar decisões em resposta às demandas da população. Assim, a academia pode instrumentalizar a gestão pública, a partir da troca de conhecimentos e aplicação de informações técnicas”, afirmou Silvia.

A secretária de Estado da Inclusão Social, Lêda Lúcia Couto, destacou que, tendo em vista a preocupação com a segurança alimentar da parcela da população que teve sua situação de vulnerabilidade agravada durante a pandemia, além das adaptações para manter o serviço do restaurante Padre Pedro para os usuários e para o fornecimento de refeições para os abrigos que acolhem a população em situação de rua de Aracaju, uma das ações mais relevantes realizadas pela secretaria foi a implantação de um novo programa de transferência de renda, o Cartão Mais Inclusão (CMAIS), destinado exclusivamente para a alimentação. “Diante da pandemia de Coronavírus, o programa CMAIS é destinado às famílias da extrema pobreza, que se encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional em todo o Estado. Com beneficiários identificados a partir do CadÚnico, o programa destina às famílias o valor mensal de 100 reais para compra de gêneros alimentícios, durante o período de quatro meses, podendo ser prorrogado por igual período”, explicou a secretária.
Também participaram do Seminário, os palestrantes convidados: Hugo Melgar Quiñonez (McGill University / Canadá), Francisco Menezes (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE) e Cristiano Boccolini (Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz).