Evento envolveu o público em apresentações de música, dança, exposições e artesanato
Levando uma programação multicultural ao Espaço Zé Peixe, o ‘Sarau do Zé’ foi o ponto alto da programação especial preparada pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e Trabalho (Seit) para celebrar os quatro anos do local. O público presente pôde apreciar a feirinha de artesanato sergipano, exposições de artes plásticas, de shows do grupo Pilão de Pif e do músico Gladston Rosa, e apresentações de dança da NuTempo Dance Company e da Escola Sergipana de Dança de Salão.
“Estamos encantados. É a primeira vez que viemos aqui e fomos brindados com o sarau, um resgate da nossa cultura em um espaço tão bonito que é o centro da cidade. Um local maravilhoso, super agradável à beira do Rio Sergipe. Essa celebração ao Zé Peixe é muito importante, principalmente para as crianças. Minha filha de 11 anos já entrou perguntando quem foi Zé Peixe. Ele faz parte do nosso patrimônio e precisa ser sempre valorizado e relembrado”, disse a professora Antonina Gallotti, que prestigiou o evento com amigos e familiares.
Para a superintendente da Seit, Heloisa Helena Mendonça, ganham a cultura local e a sociedade. “Ótimo evento. Aqui em Aracaju nós estamos precisando muito de iniciativas como esta, para oxigenar e divulgar a nossa cultura. Temos que conhecer e explorar ainda mais este local, um espaço completo, em frente a uma linda paisagem. A secretaria está movimentando o Espaço Zé Peixe, que traz esse ícone sergipano. As escolas também estão convidadas para fazer visitação, para que as crianças passem a conhecer essa grande figura”, ressaltou.
A NuTempo Dance Company levou para o Sarau uma prévia do espetáculo ‘Lembranças de uma Época: um espetáculo junino’, coreografado por Everaldo Pereira. “É um prazer para a Companhia estar presente na programação da cidade, pois é aí que a arte passa a fazer parte do nosso cotidiano. O espetáculo ‘Lembranças’ traz muito da memória e da cultura do Nordeste e sentimos que tem tudo a ver com a importância que o Espaço Zé Peixe tem para a nossa cidade. Foi uma união muito boa, ficamos apaixonados pelo espaço, é muito gostoso estar aqui”, disse a bailarina e professora de ballet clássico, Ingrid Mari Yamamoto. Após a apresentação da NuTempo, os bailarinos da Escola Sergipana de Dança de Salão convidaram todo o público para uma divertida aula de forró, conduzida pelo professor Marcos Rubão.
O artesão João Lucas, da Barra dos Coqueiros, expôs na Feira belas fontes de água em cascata com bambu, e afirmou espaços assim são fundamentais para a divulgação dos artistas sergipanos. “Locais como este possibilitam que a arte esteja na rua para as pessoas verem e se conectarem. O meu trabalho é tentar reproduzir um pouquinho da natureza, do som da cachoeira. Faço tudo com muito carinho e sentimento; cada peça é única”, disse. A feira contou, ainda, com exposição de peças de crochê, bordados, cerâmica, biscuit, doces, madeira, entre outras técnicas utilizadas por artesãos de diversos municípios, como Aracaju, Barra dos Coqueiros, Ilha das Flores, Graccho Cardoso e São Cristóvão.
Exposição
A exposição “Recriando”, realizada pelo olhar de Mestre Passos, continua aberta à visitação de forma permanente, contendo 11 réplicas de embarcações relacionadas ao estuário do Rio Sergipe e ao próprio Zé Peixe, com reproduções de canoas, tototós, etc. “A partir de junho, também vamos realizar a exposição da artista plástica sergipana Maria Góis, com telas bordadas que remontam a histórias, cenas regionais, folguedos e festejos juninos do nosso Estado”, revela o produtor cultural Guga Viana.