Representantes da sociedade civil são empossadas no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher

Entidades terão cadeira no colegiado para a gestão 2020–2022

Foto: Pritty Reis

Na última sexta-feira (17), 22 mulheres representantes da sociedade civil foram empossadas para integrar o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM). A solenidade de posse aconteceu na Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) e celebrou a admissão de 11 titulares e 11 suplentes, que atuarão durante o biênio 2020-2022. Com o objetivo de contribuir para a deliberação e fiscalização de políticas relativas aos direitos da mulher, o Conselho foi criado em 1998, pela Lei estadual número 3.972, e conta com representantes de diversos setores da sociedade.

Foto: Pritty Reis

Para a secretária de Inclusão e Assistência Social, Lêda Couto, o CEDM reflete o avanço na luta contra o feminicídio e outras questões importantes relacionadas à garantia dos direitos das mulheres no Estado. “Hoje é o dia de celebrar a nova gestão, que dará continuidade aos desafios já existentes e aos que virão na luta pelos direitos das mulheres. Sabemos da dificuldade que nós temos por sermos ‘mulher’ nesta sociedade machista e patriarcal. Portanto, é muito importante que existam espaços de construção coletiva como este, para encontrarmos alternativas de enfrentamento e construirmos juntas uma política de Estado que garanta o acesso das mulheres a todos os serviços e benefícios públicos”, afirmou.

Uma das conselheiras eleitas é Nelmires Ferreira, que representa a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela dialogou com as companheiras sobre a importância de assumir a gestão e fortalecer a união. “Estou muito feliz em assumir este papel. Acredito na importância do Conselho e, acima de tudo, tem duas questões que eu entendo como fundamentais. Primeiro, no contexto de agressão à nossa participação social, de agressão à democracia. Estar no Conselho é um compromisso com a democracia deste país. Outra questão é que estamos caminhando para retrocessos sem precedentes na história, e por isso é fundamental que estejamos sempre unidas, nos fortalecendo e buscando alternativas para combater as mazelas sociais”, concluiu.

Outra conselheira eleita foi a presidenta da gestão anterior, Edinalva Monteiro, que destacou a importância dos movimentos sociais integrarem o Conselho, somando forças para garantir os direitos. “Desde 2008, fundamos o Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS) e, apesar do curto tempo, tivemos um aprendizado muito grande vendo as lutas de perto, sobretudo quando estivemos a frente do Conselho. Nós representamos outras mulheres que não estão aqui, mas que tem voz através das nossas vozes, tendo a gente como referência para que se efetivem as políticas públicas já existentes. Teremos um ano de muita luta e vamos buscar outras políticas que favoreçam as mulheres, sempre atentas também à questão da violência”, disse.

Foto: Pritty Reis

A coordenadora de políticas públicas para as mulheres da SEIAS, Linei Pereira, reiterou a importância de discutir e combater as situações de vulnerabilidade e violência às quais as mulheres estão expostas. “Vivemos historicamente um momento em que a sociedade civil está sendo criminalizada. É importante refletir nesses espaços públicos o quanto essa conjuntura tem nos ferido enquanto cidadãs, mulheres, trabalhadoras, enfraquecendo a nossa participação. Estando aqui hoje, nós temos a obrigação de puxar as outras mulheres e os outros movimentos que não participaram, para fortalecer essa luta”, ressaltou.

CONFIRA ABAIXO A LISTA DAS EMPOSSADAS:

Representantes titulares:

  • Linda Brasil Azevedo Santos – representante da Associação CASAMOR
  • Marcela Montalvão Teti – representante da Associação Brasileira de Psicologia Social
  • Lidiane de Melo Drapala – representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP 19º)
  • Cleide Matias de Jesus – representante da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Sergipe (FETASE)
  • Adélia Moreira Pessoa – representante do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
  • Edinalva da Silva Monteiro – representante do Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS)
  • Sirley Ferreira dos Santos – representante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
  • Niully Nayara Santana Campos – representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE)
  • Talita Verônica da Silva – representante da Organização não Governamental Ágatha (ONG ÁGATHA)
  • Nelmires Ferreira da Silva – representante da Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • Grasielle Borges Vieira de Carvalho – representante da Universidade Tiradentes (UNIT)

Representantes suplentes:

  • Débora Oliveira de Matos – representante da Associação CASAMOR
  • Joana dos Santos – representante da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO)
  • Daiana Oliveira Azevedo – representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP 19º)
  • Mônica Silva Ramos de Souza – representante da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Sergipe (FETASE)
  • Kátia Cristina Santos Lelis – representante do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
  • Erimar Amara de Carvalho Pereira – representante do Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS)
  • Graziela dos Passos – representante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
  • Marta Soraya Andrade – representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE)
  • Valéria de Jesus Santos – representante da Organização não Governamental Ágatha (ONG ÁGATHA)
  • Catarina Nascimento de Oliveira – representante da Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • Samyle Regina Matos Oliveira – representante da Universidade Tiradentes (UNIT)

Fotos: Pritty Reis

Última atualização: 20 de janeiro de 2020 11:00.

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