Neste 25 de julho, o Dia do Agricultor Familiar foi comemorado com os produtores rurais que comercializam na Feira da Agricultura Familiar da secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit). Em programação especial preparada pela coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (CSAN), agricultores e consumidores presentes tiveram acesso a informativos sobre a importância da agricultura familiar, da produção orgânica e dos impactos dos agrotóxicos na saúde; à distribuição de mudas frutíferas e a sessões de massoterapia com a equipe do Movimento Popular de Saúde (MOPS).
A nutricionista e coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional (CSAN) da Seit, Tatiana Canuto, destacou a importância da atividade. “A agricultura familiar está diretamente relacionada à Segurança Alimentar e Nutricional, atuando como instrumento de promoção à alimentação adequada e saudável. No Brasil, ela se caracteriza pela diversificação produtiva e pela produção de alimentos de consumo tipicamente interno, tendo sido o suporte dos principais momentos de desenvolvimento econômico do país. Por meio dela, é possível comprar direto com o produtor, fortalecer os circuitos curtos e estar em contato com produtos in natura, que devem ser a base da nossa alimentação”, disse.
Na visão da agricultora Ilda Santos Gomes, do povoado Colônia Treze, em Lagarto, a agricultura familiar é sinônimo de saúde. “Nasci na agricultura familiar, tenho meu terreno, planto para consumo próprio e também para vender, tudo orgânico e com amor. Atualmente, as pessoas se alimentam de muitos agrotóxicos sem saber, e esses venenos causam doenças. Minha avó morreu aos 105 anos e era saudável por ter uma alimentação orgânica. Os alimentos orgânicos são verdadeiros remédios que previnem doenças. Se as pessoas bem soubessem, teriam uma vida mais saudável plantando suas próprias coisinhas”, afirmou.
Segundo a secretária de Estado da Inclusão Social, Lêda Lucia Couto, a Feira da Agricultura Familiar é um projeto que busca valorizar os pequenos produtores rurais, fomentando a geração de renda no campo. “Essa programação especial é justamente uma forma de reconhecer a importância da agricultura familiar para a qualidade e diversidade dos alimentos que consumimos, e do que representa para a economia do nosso Estado. Existindo desde 2010, a Feira da Agricultura Familiar beneficia, hoje, cerca de 500 famílias que vivem na zona rural de diversos municípios. E é um projeto que muito nos alegra porque, além da promoção de saúde com segurança alimentar, promove inclusão social pela renda para tantas pessoas”, destacou.
Parceiros
O Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Sergipe (Osanes) também fez parte da programação, dialogando com o público sobre os impactos dos agrotóxicos. “Atualmente, temos o uso de agrotóxicos em larga escala nas produções em monocultura. Esses produtos apresentam riscos de intoxicação tanto para agricultores e consumidores quanto para o meio ambiente. A agricultura familiar, por sua vez, produz alimentos mais saudáveis e sustentáveis”, explicou a nutricionista técnica do Observatório, Juliana Ramos.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também se somou à programação comemorativa, levando instruções sobre o controle dos produtos orgânicos. “Viemos dar apoio aos produtores e mostrar à população o trabalho que fazemos. Somos responsáveis pelo cadastramento dos agricultores junto ao Mapa, para que eles possam receber a Declaração de Cadastro de Produtor Vinculado a Organização de Controle Social (OCS), além de também fazermos a fiscalização das produções e execução de programas e benefícios, como o Garantia-Safra”, contou Sara Costa, estudante de Engenharia Agronômica.
Ainda durante a manhã, as agricultoras e agricultores puderam participar de sessões de massoterapia, reiki, auriculoterapia e fitoterapia com o Movimento Popular de Saúde (MOPS). “Os agricultores realizam um trabalho árduo e pesado para suprir a alimentação da sociedade. Nada melhor do que homenagearmos esses trabalhadores neste grande dia oferecendo nossos cuidados. A massoterapia e outras Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são essenciais para evitarmos patologias. Aos interessados, atendemos no MOPS de segunda a sexta-feira, tanto aqui na Seit, como na sala do mercado do Augusto Franco para os feirantes”, disse a massoterapeuta Geórgia Oliveira.
Ao final da programação, os produtores rurais participaram de um farto lanche oferecido pela CSAN, e puderam levar para casa mudas de árvores frutíferas cedidas pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), como graviola, amora, acerola, jenipapo, jambo, pitomba, mamão, jaca e pitanga.
|Fotos: Pritty Reis