Representantes municipais discutiram políticas públicas para mulheres nos territórios sergipanos
O dia a dia da Lei Maria da Penha nos territórios sergipanos foi tema de um encontro virtual realizado pela Secretaria de Estado da Inclusão Social (SEIAS) e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM) na última quinta-feira (27). Com a participação de referências em políticas públicas para as mulheres, em âmbitos estadual e municipal, o encontro abordou o acesso à Rede de Atendimento à Mulher em território sergipano, os desafios dos municípios e a importância da atuação dos conselhos no enfrentamento aos diversos tipos de violência contra às mulheres, sobretudo diante do isolamento social decorrente da pandemia. A Live foi transmitida pelo canal no YouTube da SEIAS.
O encontro contou com a participação de duas referências de municípios sergipanos: Maria Guadalupe Batista – coordenadora de Políticas para as Mulheres em Estância e coordenadora do Centro Regional Especializado no Atendimento à Mulher (CREAM); e Cristiane Soares de Oliveira – coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres de Lagarto. Ambas também são as respectivas presidentes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher de suas cidades. A mediação foi feita pela representante estadual Erika Leite, que é a referência técnica em Políticas para as Mulheres da SEIAS e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDM.
Durante o evento virtual, a representante de Lagarto, Cristiane Soares, destacou as políticas públicas realizadas no município. “Esta Live foi um espaço de troca e construção muito importante para as coordenadorias municipais, pois serve para referendar práticas e ações que estão sendo feitas em todo território sergipano. Aqui em Lagarto, temos feito um trabalho árduo e ainda temos muito o que divulgar. Nosso atendimento é de acolhimento e encaminhamento, com uma equipe especializada e integrada por assistente social, psicóloga, assessoria jurídica, que trabalham ativamente e coletivamente em prol das mulheres que necessitam de atenção e cuidado”, destacou Cristiane.
Já a representante de Estância, Maria Guadalupe Batista, reafirmou a necessidade de outras entidades se unirem às coordenadorias municipais e aos conselhos para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à mulher. “Tem sido desafiador estar à frente da coordenadoria, mas é também muito gratificante. A partir do contato com esse trabalho, me tornei outra mulher, capaz de ajudar na prevenção, acolhimento e resgate da autonomia de mulheres que tiveram seus direitos violados. Parabenizo a SEIAS pela visão em realizar esta Live. A difusão de nossas experiências é importante para fortalecer a política de enfrentamento à violência doméstica em Sergipe e para incentivar outras entidades e órgãos a se unirem à Rede de Proteção à Mulher”, disse Guadalupe.
Sob a mediação da referência técnica estadual Erika Leite, o debate contou com a interação online de gestoras de outros municípios sergipanos, além de mulheres de diversos estados e países, que também compartilharam experiências e sanaram dúvidas. “O principal objetivo da Live era justamente fortalecer essa rede, interagindo com outras localidades. Tivemos uma vasta participação de pessoas no chat tanto de municípios sergipanos, como de outros países, que levantaram questões acerca da situação da mulher durante a pandemia no Brasil e em Sergipe. As coordenadoras municipais fizeram relatos muito importantes sobre projetos que estão sendo desenvolvidos e que, mesmo diante da pandemia, permanecem fazendo o acompanhamento das mulheres. É importante destacar que a coordenadoria de mulheres funciona de forma conjunta, em parceria com outras entidades, secretarias de estado, universidades, entre outras”, ressaltou Erika.
Acolhimento durante pandemia
O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDM conta com 22 representantes de diversos setores da sociedade civil, com o intuito de acompanhar e fortalecer ações e projetos voltados para os direitos das mulheres. Os atendimentos em equipamentos que realizam o acolhimento à mulher em situação de vulnerabilidade social, a exemplo das Delegacias da Mulher, CREAM e Conselhos, permanecem em funcionamento.
Fotos: Pritty Reis e Arquivo pessoal