Encontro fez parte da programação dos “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” e continua disponível no YouTube SEIAS SE
Encerrando o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, 25 de novembro, a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) realizou a LIVE “A Importância da Atuação Masculina na Prevenção, Combate e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher”. Com transmissão ao vivo pelo YouTube SEIAS SE, o encontro aconteceu nesta quarta-feira (25) e contou com a participação do economista, poeta e facilitador de grupos de masculinidades, Sullyvan de Abreu, e a psicóloga social e integrante do Conselho Estadual de Direitos da Mulher de Sergipe, Lidiane de Melo Drapala.
A mediação ficou por conta de Valdilene Martins, assessora da Coordenadoria Estadual de Políticas para Mulheres [da Diretoria de Inclusão e Direitos Humanos (DIDH) da SEIAS]. “Esta Live integra a programação dos 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Se o homem faz parte do problema, ele deve necessariamente fazer parte da solução. Não tem como a gente trabalhar essa questão só com as mulheres. Por isso, esta Live faz referência a duas datas que se conectam: o dia de hoje (25) e o dia 06 de dezembro [Dia Nacional da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher], conhecida como a Campanha do Laço Branco”, explicou a representante estadual.
O ativista de direitos humanos, Sullyvan, destacou que para entender a critica, é necessário que os homens entendam a concepção do que é ‘ser homem’, ensinada desde a infância. “Quando crianças, aprendemos que ser homem é tudo o que não é feminino. Se eu tive que matar tudo que era feminino em mim, provavelmente vou agredir tudo que é feminino fora de mim também. Convoco a todos os homens a falar sobre masculinidade, fazer terapia, pedir perdão, olhar para o outro com afeto. O primeiro ponto da importância da atuação masculina nessa luta é perceber-se enquanto homem, e então atuar para mitigar os problemas relacionados à violência de gênero na sociedade”, disse Sule.
A ativista dos direitos da mulher, Lidiane, chamou a atenção para a escala de violência que atinge ainda mais as mulheres negras e latino-americanas. “Vir aqui no dia 25 de novembro é muito significativo porque quem sofreu a violência nesse dia foram mulheres latino americanas, que possuem uma estética, história e marcas no corpo. É por isso que essa data existe. Enquanto mulher branca, eu reconheço meu lugar de privilégio e preciso fazer uma luta o mais próximo do antirracismo. Da mesma forma, os homens precisam entender a lógica desigual do patriarcado e fazer uma luta antimachista, antimisógena ou em prol do feminismo. É importante sempre a gente fazer esse exercício de autocrítica”, defendeu Lili.
A LIVE contou com tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e continua disponível para visualização no YouTube SEIAS SE. Confira: https://youtu.be/Zx-VZ01sL0M
