Governo do Estado debate operacionalização do “Programa Sergipe pela Infância”
Saúde, Educação e Assistência Social executarão estratégias articuladas em rede para o cuidado integral da criança no Estado
As diretrizes do Programa Sergipe pela Infância (PSPI) foram discutidas em reunião, realizada entre representantes do Governo de Sergipe nesta sexta-feira, 14, na sede da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS). O programa tem como objetivo estruturar a Rede Intersetorial de Cuidado Integral – RICI, desde a gestação até a infância [de 0 a 11 anos], para qualificar serviços, reduzir os índices de mortalidade materna e infantil, e assegurar o direto ao nascimento seguro, ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Os trabalhos serão realizados de forma intersetorial, envolvendo a vice-governadoria, a SEIAS, as Secretarias de Estado da Saúde (SES) e Educação (SEDUC).
A vice-governadora do Estado, Eliane Aquino, destacou a importância do trabalho articulado entre as secretarias. “Como nós acreditamos muito na atuação intersetorial, queremos realmente unificar a linguagem para que as ações cheguem aos municípios de forma muito consolidada. É extremamente necessário que, cada vez mais, nós entendamos a importância da infância, para que as nossas crianças cresçam mais saudáveis, tanto na parte física quanto cognitiva”, pontuou. Segundo Eloísa Galdino, assessora da vice-governadoria do Estado, as tratativas estão sendo conduzidas para o lançamento do programa, no próximo mês. “Este programa é fruto do trabalho de todos nós, em um longo percurso de conversas com os agentes da Saúde, Educação e Assistência Social para, a partir de março, implantar o PSPI”, afirmou.
A secretária da Inclusão Social, Lêda Lúcia Couto, explica que o programa terá três pilares, com execução integrada das três secretarias: “Gestar e Nascer”, com operacionalização principal da SES; “Crescer e Brincar”, a partir da SEIAS; e, “Desenvolver e Aprender”, através da SEDUC. “Estamos fazendo um processo de construção coletiva do ‘Programa Sergipe pela Infância’ com o intuito de alinhar estratégias para integrar todo o Estado no programa. Sabemos da importância da articulação intersetorial e aqui estamos – Saúde, Assistência Social e Educação -, identificando as ações que poderão acontecer nos municípios para envolver toda a rede necessária ao desenvolvimento infantil. A SEIAS já desenhou estratégias para se somar ao PSPI incrementando a oferta de serviços a partir do SUAS [Sistema Único de Assistência Social], em integração com o Programa Criança Feliz. Em breve, anunciaremos”, relatou.
Segundo a referência de gestão da Rede Materno-Infantil e da Saúde da Criança da SES, Helga Muller, a Saúde potencializará o que já é realizado dentro do Planifica SUS. “Todas as vezes que nos reunimos, ficamos mais fortes enquanto política pública. Precisamos estar juntos, alinhados e sinérgicos para atingir os municípios sergipanos. A ideia do ‘Sergipe Pela Infância’ é trazer novas estratégias para o que já acontece nos territórios, com responsabilidade e colaboração. A Saúde tem o viés do ‘Gestar e Nascer’, que é uma proposta linda de acompanhamento à gestante, ao parto da criança até a chegada dela em sua casa. Após essa etapa, a Saúde fará um diálogo de cuidado integrado com a Inclusão e a Educação para que a criança siga nas próximas etapas do programa. Por isso a importância da intersetorialidade”, afirmou.
O papel da Educação na execução do Programa Sergipe pela Infância foi ressaltado pela técnica da SEDUC, Sônia Kernia. “A Secretaria de Educação entrará com um papel relevante, através da ‘Busca Ativa Escolar’, que já acontece nos territórios sergipanos. Temos programas como o ‘Sergipe na Idade Certa’ e o ‘Alfabetizar pra Valer’, que visam à elevação do nível de proficiência, permitindo a progressão escolar e a prevenção do abandono, da evasão e da distorção idade-série. Não basta a criança estar na escola, devemos monitorar também o rendimento de aprendizado dos alunos”, comentou. A coordenadora da Divisão de Educação Especial da SEDUC, Lilian Alves, completou: “A Educação trabalhará com o olhar para o desenvolvimento integral da criança, com formações em três âmbitos: Equipe Gestora, Professores e Família. Todos juntos por uma educação inclusiva e de qualidade”, finalizou.
|Fotos: Pritty Reis