Quase todos os funcionários do estabelecimento têm algum tipo de deficiência
A Vila do Forró é um espaço onde os visitantes respiram cultura e tradição. De terça a domingo, eles podem acompanhar várias atrações locais, a exemplo de shows musicais, trios pé de serra, quadrilhas juninas e grupos folclóricos e de dança. É um local dotado de uma boa estrutura de bares e restaurantes, que trazem no seu cardápio também pratos típicos da culinária nordestina. Um desses empreendimentos é o Bar da Inclusão, idealizado pelo Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe (Conser) e apoiado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic). Trata-se de um projeto-piloto no Brasil, de caráter inclusivo, que conta com 35 funcionários, sendo que 80% apresenta algum tipo de deficiência.
De acordo com o presidente do Conser, Luiz Carlos dos Santos, o Luizinho, todo o estado possui 279 mil pessoas com algum tipo de deficiência, por isso, o bar tem uma grande importância, enquanto projeto inclusivo. “Quase todos os funcionários do bar são pessoas com deficiência (PcD). É uma inovação. São pessoas qualificadas, que dão o seu melhor. O feedback dos clientes tem sido muito bom”, afirma.
Rose e o esposo, Washington Sukroski, são turistas de Ponta Grossa, no Paraná, e aprovaram tanto as comidas típicas quanto o atendimento. “Sempre achei muito lindo os festejos juninos, por isso viemos aqui conhecer. Essa iniciativa do bar é maravilhosa, devia ser lavada para outros lugares”, comenta Rose. Quem também aprovou o Bar da Inclusão foi a assessora parlamentar, Edilma Freitas, que estava acompanhada das amigas, saboreando pratos da culinária sergipana. “Gostei muito dessa inclusão, porque esses trabalhadores precisam ter oportunidade como qualquer outra pessoa”, ressalta.
Robert Machado disse que a procura por comidas típicas do período junino tem sido boa. “Temos oferecido um cardápio regional, mas também iguarias especiais, diferenciadas de outros restaurantes”, revela.
O despertar do repórter cinematográfico Marcos Lopes, conhecido como ‘Beá’, para ser voluntário veio com as dificuldades de inserção da filha, que é PcD. “O mundo precisa ser inclusivo. As pessoas com deficiência precisam ser inseridas na sociedade e nos eventos. Temos 60 dias de realização de uma grande festa junina, nada melhor do que essas este evento para a inclusão”, salienta. Marcos finaliza destacando o projeto Lacre do Bem, que consiste na retirada do lacre de latinhas, para depois ser depositado em uma das urnas espalhadas em pontos do Arraiá do Povo. O objetivo é transformar em cadeiras de rodas, para serem doadas às pessoas que não têm condições financeiras de comprá-las.
País do forró
Durante 60 dias, o clima junino tomará conta do estado, fortalecendo o turismo, a cultura popular e aquecendo a economia em vários setores envolvidos na realização dos eventos. A programação do Arraiá do Povo e Vila do Forró é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Secretaria Especial da Comunicação (Secom), Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e Banese, com apoio da Energisa, Netiz e Shopping Jardins, e patrocínio da Eneva, Pisolar, Deso, Maratá, GBarbosa e Serviço Social do Comércio (Sesc).