Adolescentes de unidade socioeducativa de semiliberdade visitam Arena Batistão
Os socioeducandos da Unidade de Semiliberdade Comunidade de Ação São Francisco de Assis (Case 2) tiveram uma manhã diferente na quarta-feira, 15, quando puderam conhecer o Estádio Estadual Lourival Baptista, mais conhecido pelos sergipanos como ‘Batistão’. Administrada pela Fundação Renascer, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), a unidade organiza, mensalmente, atividades externas que favoreçam a ressocialização dos adolescentes.
A coordenadora da equipe técnica do Case 2, Mônica Santana Fontes, explicou como as atividades externas e internas são organizadas. “São ofertadas oficinas nas áreas de arte, cultura e esporte, além das atividades externas. A mais importante é a escola, que é obrigatória. Todos os adolescentes que são inseridos na medida são imediatamente matriculados na rede regular de ensino. Já as atividades internas acontecem semanalmente, com as oficinas de percussão, violão e meditação”, detalhou.
Durante a visita ao Batistão, o administrador do local, Sidrack Marinho, mostrou o estádio e teve com os adolescentes um diálogo motivador. “O que eu tento passar para eles é que na vida nada é impossível. Nós só somos aquilo que nós queremos ser. Todos eles são jovens, com um futuro imenso pela frente e têm condições de dar a volta por cima. O primeiro passo para isso é estudar e lembrar que nossos amigos são aqueles que estão ao nosso lado e nos alertam sobre o que é errado. Hoje eles estão tendo a oportunidade de ver a Arena Batistão, que é um lugar de todos”, afirmou.
O socioeducando, M. A., nunca tinha ido a um estádio de futebol. “Gosto de futebol, mas nunca estive em um estádio. Foi a melhor atividade externa que tivemos”, disse. Já W.S., torcedor da Associação Desportiva Confiança, conta que estava presente na maioria dos jogos de seu time do coração. “Essa visita foi muito boa. Tenho vontade de voltar a vir aqui assistir os jogos. A parte mais interessante foi quando Sidrack nos contou sobre sua história de vida”, comentou.
Atualmente, o Case 2 conta com 14 acolhidos, entre 15 e 19 anos, que estão sendo acompanhados em cumprimento de medida socioeducativa em regime de semiliberdade. Os adolescentes permanecem durante a semana na unidade e, nos finais de semana, são liberados para encontrar suas famílias. Além disso, eles vão à escola, com o compromisso de retornar ao Case em horário definido. Há também uma rotina interna de organização de quartos e camas.
|Fotos: Fernando Augusto