Programação contou com atividades culturais e pedagógicas em todas as unidades socioeducativas
De segunda (25) até esta sexta-feira (29), os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas nas unidades da Fundação Renascer participaram da III Semana da Consciência Negra. Com o tema “A Importância do Caráter Pedagógico na Formação da Consciência”, cerca de 262 socioeducandos foram contemplados com o projeto, que desenvolveu rodas de conversa, oficinas de Hip-Hop, Percussão, Slam, Capoeira, Teatro, Expressão Corporal e Artística, Grafite, Gourmet, Orquestra de Berimbau e semifinal do campeonato de Futsal de Salão.
A programação foi desenvolvida em todas as unidades socioeducativas administradas pela Fundação Renascer do Estado de Sergipe, entre elas o Centro de Atendimento ao Menor (CENAM), Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP), Comunidade de Atendimento Socioeducativo Masculino (Casem), Unidade Feminina (Unifem) e as Comunidades Socioeducativas São Francisco de Assis (Case I e II), com o apoio da Fundação da Criança e do Adolescente do Estado da Bahia (Fundac).
O adolescente D.M, de 19 anos, fez parte do time que conquistou a taça da final do campeonato de Futsal de Salão. Para ele, o momento foi de expectativa e satisfação. “O jogo contra os adolescentes da Usip foi uma maneira de viver em harmonia com o próximo e ver que independente de ganhar ou perder, o importante é nunca desistir. Aqui na unidade, a gente vê o quanto é importante recomeçar. O campeonato despertou esse desejo do recomeço, pois todos nós somos falhos. Foi muito bacana tanto para mim quanto para os meus colegas.”, afirmou o jovem que cumpre medida na Casem.
O diretor operacional da Fundação Renascer e gestor responsável pela realização do projeto, Carlos Viana, ressaltou o verdadeiro significado das ações durante esses cinco dias. “Com a realização das diversas atividades culturais e esportivas, podemos fomentar e ressignificar as potencialidades dos socioeducandos. De alguma forma, todos saem tocados com a troca de energia. Ver adolescentes de unidades diferentes, de gêneros diferentes, existirem e conviverem no mesmo espaço em harmonia acaba gerando um sentimento de satisfação e dever cumprido em todos nós”, disse.
Representando as adolescentes da Unidade Feminina (UNIFEM), a socioeducanda J.J. se apresentou na oficina de teatro e afirmou que as atividades desenvolvidas durante o período de ressocialização são essenciais para as meninas. “Aqui na unidade, temos a oportunidade de ter e conhecer várias novas experiências. Na oficina de teatro, aprendemos as técnicas de palco, a nos apresentarmos diante do público, a usar de forma correta os princípios da oratória e os gestos corporais. Aqui, é uma oportunidade que temos de aprender para, quando retornarmos ao convívio social, podermos aplicar no mercado de trabalho”, ressaltou.
Fotos: Nara Moraes